𝘔𝘦𝘴𝘰𝘶𝘳𝘢𝘯𝘪𝘮𝘢, uma composição a partir de 𝘮𝘦𝘴𝘰, meio, e 𝘖𝘶𝘳𝘢𝘯𝘰𝘴 (Urano), o deus-céu, a décima casa tornou-se popularmente conhecida como o Meio do Céu (MC). Era também referida como 𝘬𝘰𝘳𝘶𝘱𝘩𝘦, que possui significações tanto físicas quanto abstratas. As primeiras, similares ao conceito de MC, envolvem topo, cume de uma montanha, zênite, coroa, mas também o “cume” do corpo - a cabeça, principalmente quando coberta por um capacete. A palavra foi utilizada para descrever o nascimento de Atena, deusa da sabedoria e da estratégia, a partir da cabeça de Zeus (𝘬𝘰𝘳𝘶𝘱𝘩𝘢-𝘨ê𝘯𝘦𝘴𝘦). Em seu conceito mais abstrato, pode estar relacionada à altura máxima, ao ápice da conquista ou aquilo que foi realizado ou está elevado. No Latim, deriva de 𝘴𝘶𝘮𝘮𝘶𝘴, sobre ou super. Um terceiro termo grego relacionado à casa 10 é 𝘱𝘳á𝘹𝘪𝘴, a nossa ação no mundo ou, em termos mais atuais, nossa carreira. Ela é importante para compreendermos vocações, mas não é suficiente sozinha para fazermos uma leitura vocacional de alguém. Uma ressalva importante é que não é a casa do trabalho no sentido de labor, mas aquilo que é percebido como ocupação - o que está no alto do céu é visto por todos e é público. Assim, também compreendemos aqui a reputação de alguém. No eixo oposto, se a quarta casa é a fundação ou raiz, planetas na 10 tem uma imagem simbólica de ser um planeta na sua cabeça, tipo uma coroa sendo usada. Desta forma, planetas aqui podem ser “dons” que exibimos com facilidade - Vênus em relação às artes, Mercúrio com a linguagem e comunicação ou Saturno com habilidades organizacionais, por exemplo. A quadratura do MC com o Ascendente, nosso corpo e o “eu”, pode gerar uma tensão ou rivalidade entre quem somos e o que é requerido de nós para o mundo. Outros posicionamentos desafiadores podem representar obstáculos para o nosso senso de realização pessoal. Já o posicionamento do seu regente é bastante importante para conectar pontos no mapa em busa do sentido de realização - na 5, trabalhar na indústria criativa ou com crianças; na 11, o trabalho com grupos e amigos pode ser mais proveitoso, e assim por diante.
Ao sobrepormos um mapa com a imagem de uma árvore podemos visualizar a copa no ponto alto mais visível. Porém, para crescermos e nos realizarmos, como uma árvore, precisamos ramificar e aprofundar nossas raízes - esse movimento de interiorização é fundamental para a compreensão do nosso propósito.
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